Coletivo Regional dos Estudantes de Psicologia do Estado do Rio de Janeiro – PSI-Rio
A partir do
desejo das organizações dos estudantes de Psicologia de cinco universidades do
Rio de janeiro, PUC-Rio, UERJ, UFF, UFRJ e UFRRJ, em trocar experiências e
debater a realidade estudantil a que se inserem, a partir de Maio de 2011 as
representações do curso (C.As e D.As) de cada instituição começaram a reunir-se
periodicamente e, em forma inédita no estado, construir um coletivo estudantil
regional, hoje denominado PSI-Rio.
Com estrutura
consolidada durante o 24º Encontro Nacional dos Estudantes de 2011, na cidade
de São Paulo, o PSI-Rio buscou inserir-se também em uma representação a nível
nacional, hoje construída pela CONEP (Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia),
ao qual hoje o coletivo fluminense participa enquanto Articuladores Regionais.
Ao presente
momento, o PSI-Rio reúne os Centros Acadêmicos e Diretórios Acadêmicos das 5
universidades nucleares da entidade, e tem buscado maior contato com o estudante
de psicologia de outras universidades e faculdades, visando incentivar suas
organizações e representações e emitindo convites a participar da construção do
movimento.
Além da busca
de reconhecimento como representação de nível estadual no Rio de Janeiro, o
PSI-Rio busca também o diálogo com as entidades profissionais e conselhos
regulamentadores, através do contato com o CRP-RJ (Conselho Regional de
Psicologia) e CFP (Conselho Federal de Psicologia), e da FENPB (Fórum das
Entidades Nacionais de Psicologia Brasileira), ao qual um dos representantes
estudantis constrói também o PSI-Rio.
Em pouco
tempo, o PSI-Rio tem conquistado grande respaldo, e em conseqüência, grandes
novas responsabilidades. E é com estes ideais que temos trabalhado cada vez
mais para construir um movimento estudantil forte a partir de suas bases, em
luta e organização próximas dos estudantes e da psicologia.
Criado a
partir da iniciativa dos estudantes da primeira turma do curso de graduação em
Psicologia da UFRRJ, egressos em 2010, é fundado em Maio de 2011, e iniciada as
operações a partir de julho deste ano, o CAPSI hoje é uma das organizações
estudantis de maior atividade dentro da universidade, contando com membros
representantes em diferentes instancias da universidade, do Conselho de Unidade
(CONSUNI-IE) ao Conselho Universitário (CONSU) entre as reuniões de
departamento e do movimento estudantil mais amplo, através dos encontros com o
Diretório Central dos Estudantes desta universidade.
Desde sua
fundação, este centro acadêmico compromete-se ainda em manter dialogo com
outras instituições de ensino superior da graduação em Psicologia, considerando
importante este tipo de contato com outras realidades estudantis para o amplo
entendimento da vivencia profissional futura, e constrói em conjunto com as
organizações estudantis destas outras universidades o coletivo regional
fluminense denominado PSI-Rio.
Embora o Movimento Estudantil de Psicologia (MEPsi)
tenha dado seus primeiros passos já na década de 1960, a Coordenação Nacional
dos Estudantes de Psicologia (CONEP) só veio a surgir no ano de 2003, após um
extenso processo de reorganização, do qual participaram acadêmicos de várias
universidades e regiões do país. Naquele momento, vislumbrava-se a necessidade
de construir uma entidade que aglutinasse as lutas estudantis, que debatesse os
currículos dos cursos de Psicologia e as práticas profissionais, além de formar
alianças com outras entidades e realizar os encontros nacionais.
Ao longo
desses anos, várias pessoas, forças políticas e entidades de base contribuíram
e têm ajudado a CONEP a se estabelecer como uma organização sólida, combativa e
representativa dos estudantes de Psicologia do país. Os últimos Encontros
Nacionais de Estudantes de Psicologia (ENEP) e reuniões do Conselho Nacional
dos Estudantes de Psicologia (CONEPsi) têm sido marcados pelo ímpeto de
revigorar a CONEP e fazer com que ela seja apropriada pelos estudantes de
psicologia em luta. Assim, novos sujeitos têm se implicado, e as pautas de luta
e a estrutura da entidade têm sido ressignificadas.
Nesse sentido,
hoje temos uma coordenação composta tanto por pessoas como por entidades de
base (centros acadêmicos e diretórios acadêmicos), além dos coletivos de
estudantes organizados, que podem compor comissões ou ocupar as funções de
articuladores regionais. Sobre a organização da entidade, vale destacar o papel
do Encontro Nacional de Estudantes de Psicologia (ENEP). Os encontros, que são
realizados anualmente, são espaços onde estudantes de todo o Brasil debatem
temas ligados à formação, à profissão e à sociedade como um todo, criando um
grande intercâmbio de informações e aprofundamento dos debates. Além disso, é
na plenária final do ENEP que são decididas as diretrizes da CONEP para o
próximo ano, assim como seu coletivo gestor.
Algumas das
principais demandas da CONEP atualmente são: fazer com que ela seja conhecida e
reivindicada por um maior número de estudantes, participar das lutas estudantis
do dia-a-dia de forma crítica, e se posicionar em relação aos assuntos e temas
de interesse dos estudantes, dos profissionais e da sociedade como um todo.
Assim, a CONEP se posiciona contra o Ato Médico, por acreditar que este é um
retrocesso para as políticas públicas em saúde, além de cercear o trabalho
multiprofissional. Está presente também na Luta Anti-Manicomial, onde defende a
Reforma Psiquiátrica, os modelos de tratamento substitutivo, a autonomia dos
usuários dos serviços de saúde mental, a fortificação do SUS e seu controle
social legitimamente popular. Está no combate às políticas neoliberais na
Educação brasileira, na contramão do REUNI, em defesa da Universidade pública,
gratuita, laica e de qualidade. É contrária à Educação à Distância, ao ENADE e
sua lógica de ranqueamento e punição, e à mercantilização da educação.
A Coordenação
Nacional dos Estudantes de Psicologia (CONEP) acredita que a formação acadêmica
não se dá somente no contexto de sala de aula, mas também na militância, nos
projetos de extensão popular, na participação e convivência junto aos
movimentos sociais, nos centros culturais, entre outros lócus. Portanto, ainda
é extremamente pertinente o debate sobre currículos, no sentido de pensar em
uma formação que seja voltada a atender os anseios da sociedade e
emancipar os sujeitos. É com essa perspectiva que a CONEP se posiciona em
alguns fóruns que compõe, como, por exemplo, o FENPB (Fórum de Entidades
Nacionais da Psicologia Brasileira), buscando levar as reivindicações dos
estudantes de Psicologia para esse espaço. Esse fórum é composto por 21
entidades que estão no âmbito sindical, profissional e estudantil, sendo que a
CONEP representa o último.
Em relação à
política estudantil, o momento exige principalmente o fortalecimento das
entidades de base já existentes e a fundação destas nas universidades ainda
desguarnecidas. Faz-se necessária também a aproximação em relação às Entidades
e Coletivos Regionais de Estudantes de Psicologia (COREP’s e COEREP’s, que são
autônomas e têm seu funcionamento independente da CONEP), a construção e o
fortalecimento dos encontros regionais (EREP’s) e a politização do Encontro
Nacional. Nesse sentido, convidamos você, estudante de Psicologia, a participar
do Centro Acadêmico da sua instituição de ensino e a se organizar junto aos
articuladores e ao MEPsi de sua região. Só assim será possível construir novas
possibilidades de formação e atuação para a Psicologia Brasileira.
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